domingo, 9 de setembro de 2012

O joelho Juvenal


Era uma vez um joelho que se chamava Juvenal.
Juvenal tinha um problema, coitado: vivia todo escalavrado. Também, quem mandou Juvenal ser joelho de um menino levado?
Juvenal queria muito aprender língua de menino só pra falar assim: “Menino, tem dó de mim!” Mas, quando o esfolado sarava, Juvenal bem que gostava de correr e de saltar.
E ele se desdobrava e se dobrava outra vez todo alegre, pois sabia que, indo e vindo, fazia o seu menino feliz. E ficava muito atento conversando com o pé (pois joelho e pé se falam): “cuidado aí, companheiro ! Pode ser que no meio do caminho tenha uma pedra... e aí, você tropeça e quem vai sofrer sou eu.
Mas não adiantava nda! O pé sempre tropeçava e lá ia o Juvenal outra vez pra enfermaria.
O Juvenal era muito religioso! Mas tinha um pequeno problema com a Semana Santa (que vinha logo depois das férias). Imaginem o Juvenal em que estado ele ficava quando as férias acabavam. Aí, vinha a Semana Santa e o Juvenal, coitado, todo cheio de esfolados, tendo tanto prá rezar.
Mesmo assim, o Juvenal gostava muito da vida. Do vento ventando nele, quando o menino corria, todo feliz, pelo mundo.
E Juvenal adorava quando a água lhe batia até onde ele se achava para ver se a água dava pé. Assim como o pé e a canela, ele também pensava: é o fino ser um mergulhador submarino”.
Um dia, tudo ficou escuro para o Juvenal. E aí, ele descobriu que o menino tinha crescido. E agora, em vez de short, calção ou calça curta, usava calça comprida. Por isso, hoje, Juvenal, tem um pedido a fazer aos fabricantes de calças: que tal criar um modelo de calça, sob medida, que tenha dois buraquinhos, pro Juvenal ver a vida !?

Autor: Ziraldo

João e Maria

No meio de uma floresta, há muitos anos, havia dois bondosos irmãozinhos. O Joãozinho e a Maria.


Viviam numa cabana e apesar de pobrezinhos, eles eram muito amigos de todos os passarinhos.


  

Os dois irmãozinhos, ouvem a mãe lhes chamarem:
- João! - Maria!
- Vocês tem que levar o almoço do papai!

 Desse modo, os dois garotos, saíram pelo caminho, sempre seguidos de perto, pelo amigo passarinho. No entanto, por precaução, eles soltavam pedrinhas, uma a uma pelo chão.



Enquanto isso, mais ao longe, o lenhador já cansado, derrubava um pinheiral a golpes do seu machado.



Porém, os dois irmãozinhos, mas o que lhes deu na veneta! Se afastaram das pedrinhas, atrás de uma borboleta.

Mas, isso fez com que os dois irmãozinhos, se afastassem do caminho.Maria apavorada, sentou-se e começou a chorar.
Mas Joãozinho, quis continuar o caminho. Quando de repente, avistaram uma casinha.

 Desse modo, os dois irmãos, prosseguiram no caminho. Sempre seguidos de perto, pelo amigo passarinho.
  
Quando chegaram perto, vejam amiguinhos, a casa era feita de doces!Mas enquanto os dois irmãos, comiam com precaução, surgiu uma bruxa horrenda, com uma vassoura na mão.

 E a bruxa os convidou para entrar e comerem o que quisessem, sem destruir o telhado e a casa inteira!



Entretanto o passarinho, cheio de susto e horror, voou celere à floresta, para avisar o lenhador.


E quando este já cansado e chegava preocupado.


Desse modo, os pais ansiosos, seguiram pelo caminho, guiado sempre de perto, pelo amigo passarinho.


Toda via, na cabana, a bruxa feia e gabola, puxava por Joãozinho pra metê-lo na gaiola


Porém, Maria era esperta! Vejam só a idéia dela!
Tira a vassoura da velha e sai correndo com ela.
A bruxa de tão danada, rolou que nem uma bola.

 E Joãozinho, aproveitando, empurrou-a pra gaiola.


Mas a bruxa era terrível! E assim, com todo cuidado, passou a mão e alcançou, a vassoura pelo cabo. E a coisa foi engraçada, pois vejam só, nesta hora, puxava a velha por dentro e os garotos por fora.
E enquanto a velha gritava, a dupla de irmãos cantava.

E a velha acabou largando e os dois, que trambolhão. Porém, sem perda de tempo, correram para o fogão. E assim em poucos instantes, as chamas já tremelicavam e enquanto ardia a vassoura, os irmãozinhos cantavam.

Depois só restaram cinzas, a vassoura foi queimada.

Porém, nesse mesmo instante, eis quem surge pela estrada, trazidos pelo amigo passarinho!
Que alegria, eram seus pais!


Por fim, soltaram a velha da gaiolinha, coitada!
E a bruxa, saiu de lá, totalmente transformada!

Em agradecimento, ela que era uma bondosa mulher, vítima de um bruxo malvado, deu as terras para o velho lenhador, que se tornou daquele dia em diante, um feliz agricultor.
E aqui termina a história de Joãozinho e Maria.





O FAZ-DE-CONTA É UMA QUESTÃO LEVADA A SÉRIO NA INFÂNCIA.


UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIAS
UNIDADE UNIVERSITARIA DE INHUMAS
CURSO DE PEDAGOGIA
CLEUSANI MARIA
RONILZA MOREIRA
Inhumas, 2012



Brincar com as crianças não é perder tempo, é ganha-lo, se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem. (Carlos Drummond de Andrade)


PROJETO DE ESTAGIO
TEMA: A Criança como sujeito de direito: a defesa da cidadania plena desde a infância
Titulo: O faz-de-conta é uma questão levada a sério na infância. 




                                                                           APRESENTAÇÃO:


A realização deste projeto foi motivada pelas experiências vivenciadas no Estagio Supervisionado na Educação Infantil I em creche e pré-escola. O que nos chamou a atenção foi que as crianças estão sempre brincando, jogando ou simulando situações vividas no dia-a-dia, bem como dando aos objetos novos sentidos. Em cada ação – que geralmente são expressas em forma de brincadeiras de faz-de-conta –, as crianças representam vários papéis que de acordo Oliveira (2011, p.71), “são assumidos pelos indivíduos conforme eles buscam dar sentido às situações em que estão inseridos um sentido de acordo com as interpretações que formulam a todo momento em relação as elas”.[...]
As brincadeiras de faz-de-conta desencadeiam várias emoções importantes na criança, como: alegria, segurança, insegurança, irritação, bem-estar, pavor, tranqüilidade, liberdade, entre muitas outras sensações. Nelas, as crianças experimentam a sensação de desempenhar vários papéis (ser mãe ou pai, médico, motorista, cabeleireira, entre outros), bem como incorpora formas de agir (ser autoritário, atuar como vitima, como herói ou bandido).
  A temática escolhida, neste projeto, faz-se em respeito ao universo infantil e a defesa de um de seus direitos, ou seja, o direito ao desenvolvimento da sua curiosidade, imaginação e capacidade de expressão. 

JUSTIFICATIVA:

            A Educação Infantil é uma etapa muito importante para o desenvolvimento e aprendizagem da criança.  É o momento de exercer efetivamente o seu direito de ser criança: tendo suas curiosidades sanadas e sua imaginação aguçada.  Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu Artigo 29:
“A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”.                             Percebe-se a necessidade de compreende a criança como sujeito de direitos, um ser histórico, social completo, que possui diferenças, particularidades e que dentro de seus limites e possibilidades é capaz de escolher, agir, criar e recriar o mundo. Segundo Maluf (2009, p, 21):

A criança é curiosa e imaginativa, está sempre experimentando o mundo e precisa explorar todas as suas possibilidades. Ela adquire experiência brincando. Participar de brincadeiras é uma excelente oportunidade para que a criança viva experiências que irão ajudá-la a amadurecer emocionalmente e aprender uma forma de convivência mais rica.
            Por meio das brincadeiras do faz-de-conta, a criança expressa o que sabe sobre si e o mundo a sua volta. De acordo com Rosa e Lopes (2008, p. 63) “nessas situações, os pequenos dão significado aos movimentos, objetos, sons, pessoas e a si mesmo. [...]”.                              Diante disso, torna-se evidente a importância e o valor das brincadeira  como meio de promover experiências onde envolvam as crianças em situações de faz-de- conta,  fazendo com que as mesmas desenvolvam habilidades cognitivas, linguísticas e sociais apropriando-se das questões que permeiam o contexto  no qual ela está inserida. De acordo com Vygotsky (1998), o faz-de-conta é uma atividade importante para o desenvolvimento cognitivo da criança, pois exercita no plano da imaginação, a capacidade de planejar, imaginar situações lúdicas, os seus conteúdos e as regras inerentes a cada situação.
Cabe a nos educadores ter um olhar aguçado para perceber a importância das brincadeiras de faz-de-conta para a criança e valorizar cada gesto, sorriso, choro, conversa dos pequeninos.
O olhar do professor, diante das interações, das experiências e das brincadeiras dos pequenos, deve ser um olhar sensível, que busca constantemente e que qualifica o vivido e o experenciado, que dá importância ao fazer da criança; é esse olhar que torna o professor não somente um observador, mas um investigador, um pesquisador. (ROSA e LOPES, 2008 p.64-65)
             O projeto em sua totalidade procura evidenciar a importância do brincar na infância, garantindo a criança o direito de ser agente de sua história que aceita a realidade ou a transforma.

OBJETIVO GERAL
·         Disseminar a importância das brincadeiras de faz-de-conta no desenvolvimento e aprendizagem das crianças.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
·         Proporcionar as crianças situações em que elas possam se expressar, colocando em prática a criatividade e imaginação por meio das brincadeiras de faz -de -conta;

·         Incentivar as crianças a contar e recontar histórias infantis e dramatizar algumas delas;

·         Propor a crianças que desempenham alguns papéis vivenciados por elas no cotidiano por meio das brincadeiras de faz-de-conta.

ÁREAS DE EXPERIÊNCIA- ATIVIDADES - SITUAÇÕES SIGNIFICATIVAS
            Estas questões serão definidas no Estágio II de acordo com os planejamentos para cada campo de estágio: creche e pré-escola.


RECURSOS
·         Livros literários
·         Aparelho de som
·         Maquina fotográfica e filmadora
·         Fantoches
·         Sucatas
·         CDs e DVDs
·         Fantasias
·         Maquiagem
·         TV
·         Espaços externos e internos da instituição
·         Espelho


CRONOGRAMA

   MES
Elaboração do projeto
Desenvolvimento na Creche
Desenvolvimento na pré-escola
Junho
       X


Agosto

         X

Setembro

         X

Outubro

         X
               X


AVALIACÃO
            A avaliação do projeto será contínua e tem como foco acompanhar as crianças, auxiliando-as em suas dificuldades, estimulando-as em seus progressos.




Hospitalzinho

Este dia foi maravilhoso as crianças tiveram grande sucesso, souberam cuidar dos bebezinhos muito bem...


Olha a ambulância passando...




REFERENCIAS

BRASIL. Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 Lex: Leis de Diretrizes e Bases da educação Brasileira (LDB), Brasília, 1996.
MALUF, Angela Cristina Munhoz.Brincar prazer e aprendizado.Rio de Janeiro< Petropólis: Vozes, 2009.
OLIVEIRA. Zilma de Moraes Ramos de. Jogos de papéis: um olhar para as brincadeiras infantis. São Paulo: Cortez, 2011.
RECH, Ilona Patrícia Freire. A Hora da atividade. In: MARTINS FILHO, Altino José. Infância Plural: crianças do nosso tempo. Porto Alegre, RS: Mediação. 2006, p. 59 – 84.
ROSA, Cristina Dias e LOPES, Elisandra Silva. Aventura de viver, conviver e aprender com as crianças.In: OSTETTO, Luciana Esmeralda (org.) Educação Infantil: saberes e fazeres da formação de professores. Campinas, SP: Papirus,2008, p. 49-68.
VYGOTSKY, Lev Semyonovitch. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.



Interpretando o Mundo

                                                    Foto: (Escolinha Maria Olivia)


Todo ser tem suas necessidades e formas de interpretar o mundo, sendo essas concretas ou abstratas. Não se fazendo diferente na Educação Infantil, onde este meio de sentir, conhecer e interpretar o mundo se faz muito mais necessário. 
    A criança nesta faixa etária tem que ser estimulada a ter essas vivencias. Das quais se dão apenas a partir do concreto, com o auxilio de todos os envolvidos com sua aprendizagem. Familiares, professores enfim todos os envolvidos no processo histórico social. 
   Quando se propõe as brincadeiras elas tem de ser carregadas de uma formulação e objetivos prévios as suas execuções, para que não seja aplicada de forma a manter o pensamento inicial da criança.
   Segundo Vygotsky (1984), diz que "É que, no jogo de faz-de-conta, a criança passa a dirigir seu comportamento pelo mundo imaginário, isto é, o pensamento está separado dos objetos e a ação surge das idéias. Assim, do ponto de vista do desenvolvimento, o separado dos objetos e a ação surge das ideias. Assim, do ponto de vista do desenvolvimento, o jogo de faz-de-conta pode ser considerado um meio para desenvolver o pensamento abstrato."
    Pela grande importância que se torna as brincadeiras ou como gostamos de chamar aqui "faz de conta", dedicamos este blog a divulgação de experiências com essa prática de ensino, além de repassar informações   teóricas e suas discussões sobre o mesmo.